Ela, com suas ideias erradas,
com cabelo e sapatos errados,
com todo um corpo muito errado,
com pernas e sorrisos equivocados,
abertos demais ou de menos.
Ela, posta sob holofotes,
não se sabe se de circo,
de prisão ou de altar.
Sumariamente julgada
por tudo que tem de aparente
Ela, que cura as próprias feridas,
estanca o sangue que não cessa,
ela que anda por aí sozinha,
com medo, sem medo, enfrenta.
Em frente
Ela é mulher, e de mulher o grito
sacode o pó da mansidão silente.
Ela é mulher, e o seu clamor aflito
ainda persegue alguma voz potente.
Ser mulher é o exercício infinito
de nunca ser suficiente.
Nunca ser suficiente… Ai, Joana, escreves com o útero também 🙂 #mulheresqueescrevem #leiamulheres
LikeLiked by 2 people
G., se não nós, então quem? Precisamos deixar nossa versão para a história. É muitíssimo necessário.
Obrigada pelo comentário carinhoso. Um beijo!
LikeLiked by 1 person
Com certeza, Joana!!
Sempre uso as TAGs mulheresqueescreve e leiamulheres exatamente por isso…
Beijos.
LikeLiked by 1 person